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edição de 8 de junho de 2020

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Aniversário

Aniversário de 55 anos PROPMARK se reinventa como espaço de inspiração e boas ideias Profissionalismo, agilidade e relevância são algumas das características lembradas pelo mercado, que deseja ainda mais longevidade ao veículo Danúbia Paraizo A busca por novos caminhos e possibilidades é sempre bem-vinda e necessária no mercado de propaganda. Ao longo dos últimos 55 anos, o PROPMARK se orgulha de ter feito parte desse movimento, oferecendo um espaço de troca de discussões, inspirações e boas ideias. Não poderia ser diferente agora, ainda que durante uma das mais emblemáticas crises da sociedade. Foi pensando nisso que o jornal publicará no próximo dia 15 de junho uma edição de aniversário especial em torno do tema. Entendendo seu papel de fomentar opiniões e dar luz a debates, convidou executivos de diversos setores da comunicação para os aprendizados que ficam no pós-pandemia. O teor colaborativo do jornal orienta a edição ao compreender que compartilhando vivências construímos um mercado mais forte e sustentável. Esse é o modelo que o PROPMARK tem atuado em tudo o que produz, inclusive, esta série especial Aniversário de 55 anos que contou gentilmente com depoimentos de grandes profissionais da indústria, mas também com os esforços do nosso dedicado time de reportagem composto por Kelly Dores, Paulo Macedo, Leonardo Araujo, Alisson Fernández, Jéssica Oliveira, Felipe Turlão e eu, além da equipe de diagramação e revisão. Marcelo Lenhard CEO da Hands um momento sem precedentes em nossa sociedade “Vivemos e em nosso mercado. Ter ao lado um parceiro que há 55 anos dribla crises, se reinventa e segue em frente, é uma grande inspiração. Quando é preciso encontrar saídas, ter ao lado um veículo sério, que propõe discussões profundas e as transforma em conteúdo relevante, é fundamental para auxiliar todo um mercado a descobrir novos caminhos e possibilidades. Parabéns PROPMARK. Parabéns Ferrentini, Kelly Dores e todos os colaboradores que fizeram e fazem parte desta história inspiradora.” Rafael Martins CEO do Share “O mercado que possui tanto PROPMARK é um veículo muito importante para um conteúdo para ser compartilhado. Ter um canal onde tudo é feito com grande profissionalismo, agilidade e relevância não é só bom para as agências, mas para todos os profissionais desta indústria. O fato de estar no mercado há 55 anos mostra a relevância e a vasta experiência dentro do nosso mercado, que traz credibilidade e vanguarda para todo o setor. Vida longa ao PROPMARK.” Gustavo Bastos Sócio e CCO da Onzevinteum “Há 55 anos, o mercado sabe de tudo o que acontece, o que vai acontecer, opiniões e tendências pelo PROP- MARK. E sendo o Brasil uma das três melhores propagandas do mundo, não posso deixar de ressaltar o papel da publicação, semana a semana, por mais de cinco décadas, na formação do nosso mercado e de sua qualidade criativa e profissional. Sempre foi muito bom saber que o PROPMARK, confiável e comprometido, está ali, no papel ou no digital, com uma equipe de qualidade e de talento, informando a gente. Parabéns Armando e equipe!” Felippe Guerra Head de marketing da Laboratório Fantasma “N o mercado publicitário geralmente vale a regra do ‘casa de ferreiro o espeto é de pau’. Desenvolvemos campanhas incríveis para nossos clientes, mas não comunicamos de forma clara todo o processo para aquilo nascer. O PROPMARK cumpre muito bem essa função e vai além ao focar em mostrar o melhor do nosso mercado. Nos mantém atualizados e conectados numa grande rede criativa de informação.” 16 8 de junho de 2020 - jornal propmark

inspiração A era do peixe fora d’água Pixabay e Arquivo pessoal “Os artistas estão se tornando donos dos próprios canais de mídia. Bons vendedores estão negociando pessoalmente nas esquinas virtuais” Ricardo Figueira Especial para o PROPMARK Imagine um peixe. A vida inteira indo pra lá e pra cá no seu habitat natural. E tão natural, que ele talvez nem faça ideia que vive na água. Provavelmente nem sabe que a água existe e muito menos que existe um mundo fora d’água. Até que um dia, quando menos se espera, o peixe se vê fora da água, ou melhor se sente fora d’água. Ele se debate de um lado pro outro. Grita. Mas sem emitir nem um som. E, mesmo sem som, a gente lê na boca que abre e fecha e no olhar arregalado: eu quero voltar! Eu quero voltar! Eu quero voltar! Para de se debater. Isso só vai tirar a energia que resta. Vou contar um segredo: você não é peixe! Mesmo já tendo vivido dentro d’água na barriga da sua mãe. A sua capacidade de adaptação é tão grande que até o seu coração passou a funcionar ao contrário na hora que você saiu daquela água e respirou ar pela primeira vez. Aliás, isso sim, é tecnologia. O coração. A única “máquina” capaz de perdoar e amar as imperfeições. Mas não é o coração, o que quase sai pela boca quando a gente se sente peixe fora d’água? Não. É o nosso condicionamento que fica tentando empurrar a gente pro lugar que as pessoas estão adorando chamar de velho normal. Esse lugar não existe mais. Mas o que ninguém contou é que o novo normal é um lugar que também não existe. Essa é a pegadinha: a história de “normal” é a “água” que você achava que não podia viver fora. Só que o ser-humano já nasceu se adaptando. É isso que sabemos fazer. E se, antigamente, a sua vulnerabilidade ficava escondida, trancada no armário, protegida a sete chaves, agora ela é o café da manhã, o almoço e a jantar. A vulnerabilidade é o principal ingrediente da criatividade para se viver dentro ou fora d’água. Quem acompanha de perto essa realidade, vive pelo menos uma transformação todo dia e sabe que o que estamos vivendo é uma disrupção. Isso tudo demanda uma transformação intelectual, social, comportamental, empresarial, e nos atinge de forma surpreendente. Porque surpreendente não é a evolução do consistente ou do coerente. É o rompimento dessa premissa. Por outro lado, o momento não é de revolução, é de renascença, de revisitar valores, de criar novos, de fazer as pazes com a vulnerabilidade e buscar a nova possibilidade. A moda, por exemplo, de um dia para o outro, já mudou de frívolo e descartável para significativo, à prova do tempo. Carros que tinham se tornado propriedades desnecessárias viraram salas de reunião sobre rodas, sem o barulho das crianças. Os artistas estão se tornando donos dos próprios canais de mídia. Bons vendedores estão negociando pessoalmente nas esquinas virtuais de todo o Brasil. E, até o que a gente conhecia como economia, agora só tem sentido se gerar prosperidade compartilhada. E como fica aquela velha história de transformação digital que tanta gente leva 10, 15, 20 anos pra fazer? Como fica? Bem, qualquer transformação não dá mais pra ser um processo de anos, ela precisa ser um mergulho, rápido e sustentável ou, melhor falando, um MVP irresistível pra ser testado no mercado. Algumas pessoas chamam MVP de mínimum viable product, eu costumo chamar MVP de mínima vontade própria ou accountability no bom inglês. O fato é que os próximos 18 meses vão passar voando. Se você ficar se debatendo como peixe fora d’água, esperando o que vai acontecer, vai perder a oportunidade de ter vivido em paz com você mesmo e com a sua família enquanto trabalha. E vai ter perdido a oportunidade de entender os novos hábitos, de criar novos mercados, de construir novas parcerias e de ter, no mínimo, revirado a vulnerabilidade da sua empresa, dos seus produtos, serviços e até do seu propósito. Não é à toa que para lidar com a situação hoje os departamentos de vendas, marketing, R&D e responsabilidade social se tornaram uma coisa só. E quando isso não é suficiente, por que não juntar forças, de alguma forma, com alguém que não está se debatendo, mesmo que seja seu concorrente? Enfim, eu peço desculpas se o título dessa conversa sugeriu a você que íamos falar sobre a era de aquário. De certa forma, até se trata de aquários, mas o importante é que a gente pare de se debater como peixes fora d’água. A gente não é peixe. Ricardo Figueira é sócio-fundador e CCO (chief creative officer) da Figtree & Co. jornal propmark - 8 de junho de 2020 17

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