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edição de 8 de maio de 2017

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Cannes “Pretendo

Cannes “Pretendo julgar com olhar crítico e muita isenção” Roberto Coelho, sócio da premiada Satelite Audio, é o jurado brasileiro da categoria Film Craft no Cannes Lions 2017, dedicada a avaliar a intrincada combinação de talentos que constroem um bom filme. Ele tem o olhar de quem trabalha ativamente para somar grandiosidade à versão final de filmes publicitários. Como jurado, pretende buscar a excelência, com isenção e sem perder a crítica de quem conhece cada etapa da produção de um grande trabalho audiovisual. Confira a seguir os principais trechos da entrevista que ele concedeu ao PROPMARK. Roberto Coelho, jurado de Film Craft: “Um Leão é algo que valoriza todo um trabalho” Divulgação Claudia Penteado Cannes Lions Pra mim o Cannes Lions é o festival de publicidade mais importante e renomado do mundo, e é uma alegria e uma honra participar como jurado de um festival tão icônico como este. Este será o sétimo ano em que o visitarei e há nove anos consecutivos a Satelite Audio é premiada nele, contabilizando mais de 16 leões. o Convite Acredito que tenha sido convidado devido à performance da Satelite nesses anos todos. A produtora acumula mais de 100 prêmios internacionais e, em 2015, foi a produtora de áudio mais premiada do mundo, conquistando, entre outros, o Grand Prix de Film em Cannes e o Grand Clio de Audio. Recebi a notícia por meio do Flavio Pestana, do Estadão, representante do festival no Brasil, e me senti muito feliz e honrado de poder representar o país. FiLm CraFt É uma categoria muito importante, pois premia as qualidades técnicas de um filme publicitário, como direção, edição e trilha sonora, entre outras coisas. O meu olhar é de muito respeito, pois sei o trabalho que dá se esmerar em qualquer uma das subcategorias a serem julgadas. eu, jurado Minha experiência em júri vem do Clube de Criação, onde fui jurado da categoria Trilha Sonora, e procuro ser o mais imparcial possível. Pretendo julgar com olhar crítico e isenção. Acredito que o principal critério seja a busca pela excelência em cada uma das subcategorias, além do conhecimento das técnicas. Olhar isento é não deixar se contaminar por algo que não esteja sendo julgado, como, por exemplo, estar julgando o casting e não gostar da música do filme. Isso não pode atrapalhar meu julgamento pois são subcategorias distintas apesar de estarem no mesmo filme. Exige muito preparo, pois são muitas as artes que serão julgadas e temos de conhecer bem as peculiaridades de cada uma. Devorar muitos livros específicos sobre cada uma, assistir muitos filmes clássicos para entender as técnicas e entender o vocabulário de cada uma delas são algumas das maneiras de se preparar. BrasiL No ano retrasado, o Brasil foi muito bem nessa categoria. O filme 100, feito pela F/Nazca Saatchi&Saatchi para Leica, dirigido por Jones & Tino, que tivemos o prazer de fazer o áudio, ganhou cinco Leões em Film Craft, incluindo um “É uma categoria muito importante, pois premia as qualidades tÉcnicas de um filme publicitário, como direção, edição e trilha sonora, entre outras coisas” de prata inédito por sua trilha. Ganhamos também um inédito Leão de Ouro de Música Adaptada, pela trilha do filme Everyone is gay para o Festival Mix Brasil. Do ano passado, vale destacar a peça que foi Grand Prix, o filme de Under Armour com o Michael Phelps. Perfeito em todos os sentidos, mereceu o Grand Prix. PuBLiCidade Meu encanto vem da vontade de fazer arranjos de cordas e sopros, e vi na publicidade um lugar onde poderia ter acesso a isso. Além disso, gosto da diversidade de um dia fazer uma música orquestral, no outro um punk-rock e, no outro, uma música brasileira, ou seja, não ficar preso a um estilo só. músiCa Música envolve ritmo, con- traste, imaginação, beleza, simetria e tantos outros adjetivos comuns às outras subcategorias. Não podemos pensar em edição, por exemplo, sem associá-la ao ritmo. Assim como uma boa direção depende muito do áudio, também acredito que o estudo da música, que é uma arte, ajuda a ter um olhar mais delicado para as outras artes envolvidas em um filme. Leão Um Leão em Cannes é algo que valoriza todo um trabalho, seja ele das produtoras e/ou das agências que se esforçaram para recebê-lo. É a consequência de uma ideia que foi bem executada e reconhecida mundialmente por isso. Prêmios Os prêmios em geral também são uma forma de valorização da ideia e da maneira que essa ideia foi colocada em prática por um grupo de pessoas, envolvendo agências, clientes e produtoras. Futuro Acredito que o festival de Cannes poderia caminhar para o uso de novas tecnologias, como a realidade virtual, por exemplo, e, de repente, beber um pouco de outros festivais, como o SXSW, que tem uma grade de shows e um circuito de filmes paralelos que são muito legais. 38 8 de maio de 2017 - jornal propmark

CANNES “Outdoor é uma categoria cada vez mais sem fronteiras” Jurado em Cannes pela primeira vez, Bruno Prosperi vai representar o Brasil este ano no júri de Outdoor Lions, categoria que para ele aceita vários formatos de ideias. “Do simples pôster estático às ideias mais complexas, como a que ganhou GP ano passado (Brewtroleum), tudo é outdoor”, destaca o diretor-executivo de criação da AlmapBBDO. Sobre o trabalho de julgamento, o criativo acredita que dentro do júri “é melhor ouvir mais do que falar e defender apenas as peças que considerar boas e pertinentes”. Confira a seguir os principais trechos da entrevista que ele concedeu ao PROPMARK. Bruno Prosperi: “historicamente, o Brasil vai muito bem nessa categoria” Alê Oliveira KELLY DORES SEM FRONTEIRAS Já participei como jurado em alguns festivais internacionais, mas essa é a primeira vez que irei julgar em Cannes. Confesso que deu um friozinho na barriga, mas, ao mesmo tempo, uma enorme alegria de poder fazer parte. Fiquei feliz demais em ser escolhido como jurado em Outdoor, uma categoria que aceita vários formatos de ideias e, portanto, sem fronteiras. CRITÉRIOS Ainda não recebemos uma carta formal do presidente do júri. Na minha opinião, o foco sempre é a ideia. Aquela que faz você ter inveja de não ter feito. Isso que faz a diferença. Outros pontos serão o craft e a execução, que obviamente também são importantíssimos de se levar em consideração. Olhar a qualidade da execução e a experiência do consumidor coloca qualquer boa ideia em outro patamar. Não vai adiantar ser uma ideia muito boa, se ela não for maravilhosamente bem realizada. TECNOLOGIA Como disse anteriormente, Outdoor é uma categoria cada vez mais sem fronteiras. Do simples pôster estático às ideias mais complexas, como a que ganhou GP ano passado (Brewtroleum), tudo é Outdoor. O uso de tecnologia aprimorou muito essa catego- “Na miNha opiNião, o foco sempre é a ideia. aquela que faz você ter iNveja de Não ter feito. isso que faz a difereNça. outros poNtos serão o craft e a execução, que obviameNte também são importaNtíssimos de se levar em coNsideração” ria. Mas, claro, tecnologia a serviço da ideia. Caso contrário, ela ficará obsoleta em pouco tempo. Este meio vem permitindo pensar completamente diferente, interagindo com os consumidores de maneiras inovadoras. Portanto, surpreender é a palavra-chave. NOVIDADES Eu espero ser surpreendido. Cannes é mundialmente reconhecido como a excelência criativa em comunicação. Sempre apresenta ao mundo as novidades na publicidade mundial. Todo ano eu fico ansioso para conhecer as ideias que vão brilhar no festival. Para qualquer profissional de criação, é um grande estímulo, que serve de combustível pelo resto do ano. E este ano especialmente, como jurado, vou ter a chance de me aprofundar ainda mais. PREPARATIVOS Temos um mês pela frente para estudar. Como venho julgando alguns outros festivais internacionais, isso já ajuda bastante. Apesar de Cannes ser a “estreia” de muitos trabalhos nas premiações. Como jurado de Outdoor, vou passar cinco dias trancado com outras pessoas, a maioria nova no meu convívio. Por isso acredito que é melhor ouvir mais do que falar e defender apenas as peças que considerar boas e pertinentes. É importante conhecer a peça que você vai defender. RELEVANTE Acho que todos os países, de um modo geral, já entenderam que o meio outdoor, a forma mais antiga de se comunicar, vem ganhando espaço no campo das ideias que engajam e surpreendem. Historicamente, o Brasil vai muito bem nessa categoria. Não só pelo volume de inscrições, mas pela qualidade criativa. Sabemos muito bem contar histórias e surpreender através dos cases ou de uma simples peça estática. Não me preocupo muito com a quantidade de Leões que o Brasil ganhou no passado ou vai ganhar. O importante é o que ficará registrado. O que de fato é relevante, pertinente e faz bem para nossa imagem. jornal propmark - 8 de maio de 2017 39

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