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edição de 9 de maio de 2016

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editorial Armando Ferrentini aferrentini@editorareferencia.com.br Contrariando lampedusa Nestes tempos de mudanças no Brasil, muito se tem falado sobre a frase mais emblemática do único romance de Giuseppe Tomasi di Lampedusa (1896-1957), colocada pelo autor na boca do seu personagem Tancredi, príncipe de Falconeri: “Tudo deve mudar para que tudo fique como está”. II Gattopardo (O Leopardo) é uma obra cujo enredo aborda a decadência da aristocracia siciliana durante o Risorgimento, em meados do século 19, quando Garibaldi luta pela unificação da Itália (1860). Foi transformada em filme em 1963 por Luchino Visconti, tendo como atores principais os premiados Burt Lancaster, Alain Delon e Claudia Cardinale. Não podemos acreditar, e por não acreditar devemos lutar contra, que o Brasil atravessa um momento semelhante, com o desfecho preconizado pelo príncipe de Falconeri em O Leopardo. As diversas faixas etárias que compõem o extrato social no Brasil têm a obrigação de legar para as futuras gerações um país politicamente diverso nos seus componentes. Nosso dever é exigir dos governantes que tudo deve mudar para que tudo fique realmente diferente. Tarefa difícil? Sem dúvida, mas não impossível. Quem vier depois de Dilma Rousseff deve encabeçar esse movimento de mudanças, procurando disseminar pelo país a ideia de que como está não pode continuar. E que fique bem claro: não caberão nessas mudanças regimes espúrios, que não deram certo nos seus países de origem e prosseguem fracassando nos poucos que ainda teimam em abraçá-los. O que se vê deles é uma casta dominante substituindo a velha aristocracia, porém com apetites ainda maiores do ponto de vista do enriquecimento pessoal, sem que isso seja decorrência do seu trabalho. As mudanças devem ocorrer fortalecendo a democracia, não a representada pelas bandeiras vermelhas que teimam em nos impingir, mas o verdadeiro regime em que todo o poder emana do povo e por ele será exercido. Já é assim? Ótimo, mas precisamos aperfeiçoar, evitando a corrupção, os interesses pessoais, as carteiradas e principalmente a manipulação dos desassistidos, presas fáceis de promessas vãs. Para o complemento da obra, leis mais rigorosas, responsabilidade fiscal sem atalhos para o escape de governantes inescrupulosos e maior noção de cidadania para exterminar com o mito de que no Brasil prevalece o trambique. É verdade, nem sempre é mito, mas quando vira realidade, que as leis penalizem os transgressores sem olhar a quem. Acreditamos ser possível um novo país já a partir dos próximos dias, que nos prometem importantes e significativas mudanças. Que elas venham realmente para melhorar e não para repetir a mesmice na qual temos nos atolado de tempos em tempos. Como se dizia no passado e para quem acredita, passe um anjo e diga Amém. *** Que esse novo país que a grande maioria almeja afaste de vez as carica- FraSeS turas de autoridades, como a do juiz de Direito da Comarca de Lagarto (Sergipe), que privou mais de 100 milhões de brasileiros de se utilizarem por 24 horas do aplicativo digital WhatsApp, porque a empresa por ele responsável não atendeu a uma determinação de S. Exa. no sentido de fornecer dados (confidenciais) para a identificação de traficantes de cocaína. Seria o mesmo que outro juiz de Direito suspendesse todos os voos da TAM enquanto a empresa aérea não facilitar a identificação de dois ou três passageiros de determinado voo, suspeitos de traficarem drogas. Não deve ter faltado o exercício da lógica ao MM.Juizo, mas a sua vaidade e arrogância falaram mais alto. Episódio com certa semelhança ocorreu na última semana em São Paulo, quando um magistrado determinou a retirada da Polícia Militar de uma escola pública tomada por manifestantes, sob o pretexto de que não houve autorização judicial para essa ação policial. É bom lembrar que os policiais não estavam ali para desalojar os invasores, mas sim garantir o trabalho aos funcionários da escola, impedidos que estavam de exercê-lo pela turba composta por um grupo de jovens rebeldes que se impunham aos demais à sua maneira, na esperança de surgirem novos josés dirceus desse grupo. *** O PROPMARK homenageia nesta edição a memória do já saudoso Jarbas José de Souza, que no dizer de publicitários da sua geração, um pouco menos, um pouco mais próximos à sua idade, como Maurício Oliveira, “foi um dos melhores e mais influentes diretores de arte do Brasil”. Ainda segundo Oliveira, “Jarbas definiu um padrão de uso da tipografia que colocou o Brasil no mesmo nível dos grandes artistas gráficos mundiais. Posso mesmo dizer que ele está para o design gráfico do Brasil como o Estúdio Push Pin, com Milton Glaser e demais artistas do movimento, está para o design gráfico americano”. *** A cerimônia de entrega do Prêmio Colunistas São Paulo/2015 será realizada na noite de 7 de junho nos salões da LimeLight (Vila Olímpia), ocasião em que a AlmapBBDO e demais vencedores da tradicional competição receberão seus diplomas. O Publicitário do Ano é Marcelo Reis (Leo Burnett Tailor Made) e o Profissional do Ano, Ricardo John, da J. Walter Thompson. *** Ao encerrar seus escritórios no Rio, a J. Walter Thompson junta-se a outras agências que nos últimos 12 meses procederam da mesma forma: Africa, DM9DDB, Mullen Lowe, DPZ, FCB, Pereira & O’Dell e F/Nazca S&S. *** Na memória da saudosa Dona Ignez Panini Ferrentini, mãe do editorialista, o PROPMARK saúda todas as mães do Brasil neste dia muito especial de 8 de maio, que consegue emocionar a grande maioria dos seus filhos. “o melhor programa econômico de governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem.” (Barão de Mauá) “Não podendo nivelar todos por cima, o lulopetismo nivela todos por baixo, exceto seus mandatários.” (Entreouvido, na USP) “o futuro sempre é o presente colocado em ordem. Você não tem de prevê-lo, mas sim permitir que ele aconteça.” (Saint-Exupéry) “Não concordo com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las.” (Evelyn Beatrice Hall, biografando Voltaire) jornal propmark - 9 de maio de 2016 3

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